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Jovens estão perdendo audição por causa de fones de ouvido.

  • globalfono
  • 27 de set. de 2019
  • 3 min de leitura

Fones de ouvido se tornaram acessórios indispensáveis para escutar música. Porém, segue a dúvida: fones de ouvido podem causar problemas auditivos?

É muito difícil escutarmos música sem fones de ouvido. Muitos sistemas de som não conseguem lidar com a intensidade de certos sons, e músicos encontraram uma maneira de trabalhar com fones de ouvido em suas músicas. Alguns sons soam diferente com ou sem fones de ouvido e podem sofrer alterações se forem reproduzidos em alto falantes.

Porém, muitos estudos implicam que a utilização de fones de ouvido pode causar a perda auditiva. Na verdade, ela não é causada por utilizá-los, necessariamente. Como muitas outras coisas, fones de ouvidos podem causar danos a sua saúde, caso sejam utilizados incorretamente. O uso com frequência e com alto volume, pode acabar causando danos irreparáveis na audição. Essa é uma grande preocupação principalmente para os mais jovens que costumam escutar música com o volume muito alto e com muita frequência. E isso está levando a casos de início precoce de PAIR (perda auditiva induzida por ruído).


Mas como fones de ouvido danificam a sua audição?


Os problemas auditivos deixaram de ser preocupação apenas para os idosos e passaram a fazer parte da vida de muitos jovens que ficam por longos períodos com equipamentos de amplificação portáteis em seus ouvidos, geralmente com o controle de volume em alta intensidade, numa tentativa de se isolar ou competir com o ruído externo. Outro fator importante para o desencadeamento de uma alteração auditiva é o tipo de fone utilizado, uma vez que os fones de inserção conduzem toda a pressão sonora para dentro da orelha média e, depois, para a orelha interna sem nenhuma proteção. Não se pode esquecer que o aparelho auditivo humano tem limites (exposição de até oito horas por dia a ruído de 85 dB; necessidade de repouso acústico, uma vez que as células ciliadas do ouvido são sensíveis) que precisam ser respeitados, de modo a evitar futuros problemas.



Ao canalizar o som diretamente para seus ouvidos, os fones de ouvido melhoram a qualidade do som e permitem que as pessoas ouçam música em particular, privando outras pessoas de escutarem o que você está ouvindo. Deste modo, é possível escutar guitarras com som mais nítido, vocais mais detalhados e efeitos como som surround. No entanto, esta “privacidade” acaba sendo uma das principais responsáveis pelos danos causados a audição.

Para bloquear outros sons, o volume pode ser aumentado para níveis perigosos. Para se ter uma ideia de quão alto isso realmente é, vamos fazer uma comparação. Um motor de motocicleta opera a 100 dB (decibéis) e uma motosserra trabalha com aproximadamente o mesmo volume. Estes são ruídos altos e desagradáveis ​​que podem ferir nossos ouvidos e causar zumbidos por horas depois.


Como posso prevenir a perda auditiva?


Manter um volume razoável pode proteger muito os seus ouvidos; limitar o uso desses dispositivos também ajuda. Além disso, reserve um tempo durante o dia para desfrutar do silêncio e nunca durma com a música tocando em seus fones de ouvido. Pois assim como outros músculos, nossos ouvidos ficam cansados ​​e precisam descansar. Portanto, você precisa fazer pausas para proteger seus ouvidos. Diminuindo o volume e evitando a exposição prolongada, você pode manter uma relação saudável com a música e diminuir o risco de PAIR e zumbido.

Se você acredita que já tem perda auditiva, uma audiometria pode ajudá-lo a determinar se você precisa ou não de ajuda profissional, e a prevenção sempre é a melhor opção uma vez que a perda auditiva causada por ruído não tem tratamento.



Fontes:

NationalInstituteonDeafnessandOther Communication Disorders (NIDCD), U.S. Departmentof Health andHuman Services, https://www.nidcd.nih.gov/health/noise-induced-hearing-loss#6

Audiol., Commun. Res. vol.22 São Paulo 2017 Epub 21-Set-2017

Gonçalves CL, Dias FA. Achados audiológicos em jovens usuários de fones de ouvido. Rev CEFAC. 2014;16:1097-108. https://doi.org/10.1590/1982-0216201422412 [ Links ]

 
 
 

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